

Segredos do fundo do mar
Instrumentos como magnetômetros, usados para detectar alterações na composição do leito do mar, são operados de embarcações ou sob a água por mergulhadores.
Eles apontam possíveis destroços, que podem ser verificados por mergulhadores ou submergíveis.
Por meio dessa técnica, um navio mercante bizantino foi descoberto no mar Negro, a 324 m da superfície.
A tal profundidade, as águas pobres em oxigênio do Negro retardam a decomposição, o que explica o excelente estado de conservação dos destroços seculares.
Os naufrágios são férteis mananciais de pesquisa para o historiador; um momento dramático e único fixado sob as ondas no tempo pode propiciar fascinantes revelações sobre técnicas de comércio e exploração naval.
Ao longo da história, a elevação do nível dos mares e os maremotos inundaram cidades, tornando o leito marinho um paraíso para os arqueólogos.
A verdade sobre o naufrágio do Titanic
Os destroços do Titanic foram localizados 73 anos depois da tragédia, pela equipe de Robert Ballard em 1985.
Os destroços do Titanic foram localizados 73 anos depois da tragédia, pela equipe de Robert Ballard em 1985.
O navio jazia parcialmente enterrado na lama, ao largo da Terra Nova, a 3,8 km de profundidade – fundo demais para mergulhadores com cilindros de ar comprimido, que não podem se aventurar a mais de 60 m.
Com a ajuda dos ROV, Ballard utilizou imagens de sonar e câmeras de vídeo para obter um quadro detalhado das condições do Titanic; suas descobertas demoliram teorias consagradas sobre o desastre.
Desde 1912 acreditava-se que o iceberg abrira um enorme rasgo, de até 90 m, no costado do navio.
Mas Ballard descobriu que o dano no casco causado pelo iceberg foi pequeno – apenas seis pequenas aberturas cobrindo pouco mais de um metro quadrado ao longo do flanco de estibordo.
O navio não afundou pelo tamanho das fissuras, mas devido à localização delas – diretamente sobre seis comportas estanques que eram essenciais à flutuação.
Para prospecções mais profundas como esta, submersíveis tripulados e construídos para resistir a pressões extremas são comandados por arqueólogos.
Chegam a custar mais de 30 milhões de dólares e só podem ser empregados em projetos com alto patrocínio.
Rov: a tecnologia levada ao fundo do mar
Em 1977, Robert Ballard tornou-se o pioneiro na utilização de um veículo operado por controle remoto, o ROV.
Em 1977, Robert Ballard tornou-se o pioneiro na utilização de um veículo operado por controle remoto, o ROV.
São submarinos não tripulados, equipados com instrumentos, câmeras de vídeo e um braço robótico para coleta de artefatos e achados.
Por meio de um cabo de conexão, o ROV pode ser guiado à distância com um joystick, permitindo aos cientistas explorar naufrágios cada vez mais profundos e perigosos, além do alcance de um mergulhador.
As imagens são transmitidas pelo cabo de fibra óptica para o navio na superfície, dando a seus controladores a sensação de que estão no interior do ROV.
A descoberta de navios mercantes a profundidades de até 750 m no Mediterrâneo, graças a varreduras de sonar ROV, desfez a idéia de que os antigos marinheiros se limitavam a costear o litoral, provando que podiam navegar por mar aberto.
Um ROV recuperou no sítio nada menos que 150 ânforas contendo vinho, azeite e molho de peixe.
tecnologia digital permitiu que as dimensões do ROV tenham sido reduzidas para penetrar em espaços mínimos, como o porão abarrotado de um pesqueiro ou as caldeiras de um navio.
Esses robôs dos abismos em geral não são maiores nem mais pesados do que a câmera que portam.
Eles podem ser manobrados com precisão e dispõem de uma hélice lenta, para não revolver a areia do leito do mar, o que prejudicaria a visibilidade.
Extraído do livro A Verdade por Trás da História.
Fonte Seleções: Acesse http://www.selecoes.com.br/article/526
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