Uma pergunta que está na boca de muita gente que não acredita na versão oficial em torno do vôo 77 é: como é possível que depois de uma colisão como a que se supõe que tenha ocorrido no Pentágono não sobrassem restos visíveis do avião, como se vêem claramente em outros acidentes aéreos?
Antes de responder, analisemos o que se pode esperar de um impacto como o que se supõe ter ocorrido no Pentágono.
Podemos esperar que ele resvale e sobrem restos muito grandes e reconhecíveis espalhados ao redor do ponto de impacto?
Definitivamente, não. Num experimento realizado pelos laboratórios Sandia em 1988 em que um F-4D Phantom é lançado contra um muro (o vídeo está disponível também no YouTube) a uma velocidade similar (770 km/h), vê-se como a parede “engole” o avião sem que o que sobre sejam restos reconhecíveis, exceto principalmente fragmentos de concreto e outros de pequeno tamanho (nota importante: esse avião não levava querosene; os tanques estavam cheios de água).
Algumas partes do avião que cedem mais facilmente e são pouco pesadas, e quiçá algumas outras a esmo, podem resvalar para fora ou sair despedaçadas pela onda expansiva.
Se alguma das peças encontra um caminho livre de colunas, ou se derruba sem dificuldade as poucas com que colide e é muito pesada, pode chegar a atravessar mais um muro, tal e como sucedeu na Torre Sul.
Agora resta saber em que medida o esperado corresponde com o observado. Havia restos de avião no Pentágono? Estavam distribuídos como se podia esperar dadas as circunstâncias?
Desde já, sim, havia restos da cobertura de fuselagem (que cede facilmente e é pouco pesada, por ser de alumínio) pelos arredores do ponto de impacto:

Fragmento de fuselagem (a versão em alta resolução está disponível na fonte original).
Observe-se também o fragmento que há à sua direita, que também parece pertencer à fuselagem ainda que não pareça ser de alumínio, e todos os fragmentos brilhantes que há em segundo plano.

Outro fragmento em segundo plano:
A seguinte fotografia mostra alguns destroços que são retirados, e em segundo plano o que parece o mesmo fragmento da imagem anterior:

Este disco parece pertencer a um motor.
Está no exterior, mas é muito provável que fora tirado do interior do edifício durante a limpeza que a equipe de resgate precisava realizar para poder chegar aos corpos:
Mais sobre este disco em: O disco.
Mais restos sendo retirados:

Mais fragmentos de fuselagem dispersos:
Observe-se como alguns destroços estão do lado oposto do local em que se produziu o acidente.
Isto corroboraria as declarações de algumas testemunhas de que “choviam” fragmentos.
Outro fragmento que é retirado. Ao fundo, junto à parede, o “c” do logotipo “American” da fuselagem:

Esse “c” causou certa controvérsia porque parece ser que foi movido para lá em algum momento durante a retirada dos restos, já que não estava nos instantes posteriores ao ataque como se viu na imagem anterior.
A julgar pela posição do sol e o tamanho aparente das sombras, esta última fotografia pode ter sido tirada entre as 17 e as 20 horas aproximadamente, mas não estamos seguros sequer do dia.
Um membro do NTSB (National Transportation and Safety Board, que são os encarregados de pesquisar os acidentes aéreos) examina vários fragmentos:
Restos variados; no primeiro se vê o logo da American Airlines:






Para entender algumas destas fotografias, convém saber que em muitas peças do avião, especialmente da fuselagem, costuma-se utilizar uma capa protetora de cromato de zinco, que segundo a composição exata adquire uma cor verde ou amarela características, tal como se vê aqui:

E agora vejamos que apareceu no interior.
Já antecipamos a imagem de um disco provavelmente pertencente a um dos motores e que seguramente se achava dentro do edifício.
Desafortunadamente, os militares não se caracterizam precisamente por sua transparência e abertura, assim não dispomos de documentação tão abundante do que se encontrou no interior.

(note-se o fragmento de cor amarela à esquerda). Esta peça parece corresponder-se à perfeição com a carcaça da câmara de combustão de um RB211-535:

Também encontramos esta peça do trem de aterrissagem:

Além disso, também há uma imagem de uma das “caixa pretas”, o gravador de dados de vôo:

No julgamento contra Zacarías Moussaoui também se mostraram como provas, além dessas, as seguintes fotografias:

Gravador de voz na cabine do vôo 77 que ficou irrecuperável.


Há umas poucas mais em uma página dedicada a expor as provas.
Também há mais algumas na referência citada anteriormente.
Não sabemos exatamente o que causou o buraco de saída.
Parece que o trem de aterrissagem dianteiro poderia estar relacionado, mas não dispomos de uma análise dos montões de sucata e entulhos que apareceram atrás.
Sim, sabemos que ali havia fragmentos do avião, concretamente um envoltório metálico da roda do trem de aterrissagem (com um círculo vermelho na primeira imagem) e outros restos da cor verde característica (com um círculo vermelho na segunda imagem):


Detalhe da peça metálica central da roda da primeira imagem (fotograma do documentário

E isto não sabemos se estava no interior e foi levado ao corredor, ou se estava fora, mas em todo caso se distingue uma protuberância do trem de aterrissagem na parte esquerda (marcado com um círculo):

Resumindo: é verdade que parte destas evidências poderiam ter sido colocadas propositalmente no lugar (não todas: havia muitas testemunhas presenciando a cena); é verdade que a origem de algumas fotografias não está clara o bastante para saber-se com certeza se procedem de onde se diz que elas procedem.
Mas em qualquer caso, não há fundamentos para perguntar “onde está o avião”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário