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terça-feira, 9 de agosto de 2011

... A SOLIDÃO DOS PÁSSAROS ...






A SOLIDÃO DOS PÁSSAROS.


Uma brisa leve balançou os galhos de uma frondosa árvore. O céu no tom lilás para azul, anunciava a aurora do amanhecer.

 

O sol despertava lento no horizonte prometendo um dia de liberdade. Era primavera, as flores perfumavam com aromas diferente, acácias, violetas, jasmim, rosas...

 

Notados apenas pelos insetos e pássaros.

 

Nos ninhos os filhotes reclamavam a fome, espreguiçavam alongando as patinhas e as minúsculas asas, de uma noite de aconchego sob as asas das mães.

 

Os pais, de uns machos de outras fêmeas, sacudindo suas asas para mais um dia de trabalho, gorjeavam confusas notas, talvez para espantarem a preguiça diante o céu que se abria para mais um dia de liberdade e alimentá-los, e se alimentarem.

 

Um casal de canário saiu à procura de larvas. Outro de araras também. Dos ninhos ainda ouviam os piados insistentes por alimento e por aconchego.

 

E de galho em galho os pássaros desempenhavam suas tarefas.

 

Nas ruas os carros passavam apressados, os apitos dos guardas de transito, conduzindo as pessoas aos seus destinos.

 

Mas no sítio a vida ainda começava naquela manhã, a mesa posta, os pães fumegando a quentura do forno, exalando o cheiro bom de trigo assado.

 

Sob a mesa, os alçapões guardavam falsos alimentos para atrair num gesto de Judas, a comida farta e fácil.

 

Seguem os caçadores para a mata, o céu desenhava lágrimas nas nuvens. E o pássaro foi atraído por aquela comida farta, seus filhotes teriam muito conforto naquele dia.

 

Pulando de galho em galho entrou no alçapão, que num barulho ensurdecedor acabou com a liberdade.


E no ninho seus filhotes, viram o dia passar a fome aumentar, as forças acabar e o sol secar suas penugens indefesas. E o cantor canta a saudade da mulher amada.

Da nova moradia, o pássaro canta uma melodia, é a saudade misturada a lágrimas que não podem cair, é a liberdade acabada numa prisão, é saudade do ninho, é a preocupação pelos filhotes que à noite esfriará e de dia o sol queimará.

E outro caçador sorri orgulhoso de uma arara caçada nas matas e o parceiro no desespero da solidão dos que amam, sobe até as nuvens e mergulha para eternidade na esperança de resgatar do outro lado da vida o companheiro perdido.

Deixando nos ninhos os filhotes órfãos. É assim, as araras não suportam viver sozinha.

Está em meu projeto, campanhas educativas nas escolas contra a prisão de pássaros, os pássaros são responsáveis pela arborização do planeta, há espécies em extinção, como por exemplo o CURIÓ.

Esse pássaro, por ter um canto com várias notas, estimula aos outros pássaros ao acasalamento, e a prática de prendê-los e procriá-los em cativeiro, está extinguindo outras espécies que dependiam de seu canto para acasalamento.

A cadeia é rompida, e a função dos mesmos também se interrompe e ainda a prática de devastar as matas, está faltando árvores na terra.

A NASA, registra 2% por ano de devastação de árvores no planeta.As Secretarias de Educação, precisam educar as crianças na idade de 08 anos, para que daqui a 10 anos, essas crianças tenham a conscientização da importância dos pássaros na natureza.

 

E as Secretárias de Meio Ambiente, também precisam estar nessas campanhas em conjunto, penalizando com rigor os caçadores de pássaros, como a campanha de desarmamento está surtindo os efeitos esperando, a campanha de libertação dos pássaros também irá funcionar.

É importante que as autoridades se informem da importância dessa situação, pois dentro de cem anos, o dano dessa indiferença irá prejudicar o planeta, e será um crime sem perdão e sem solução.


Lira Vargas.

 

Publicação:   www.paralerepensar.com.br     





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